Sentir, imaginar, fazer, compartilhar. Quatro verbos transformadores quando conjugados por jovens engajados em fazer a diferença no mundo. À primeira vista parece simples arregaçar as mangas e tentar mudar algo, mas muita ideia boa acaba “empacando” na hora de ser colocada em prática. Luiza Geiling Cruz, estudante de Letras e ex-aluna do Micael, esta semana fez uma palestra para os jovens do ensino médio e compartilhou com eles dicas sobre como tirar do campo dos sonhos projetos que podem melhorar algo no mundo.
A jovem, de apenas 20 anos, é estagiária do Criativos da Escola, programa do Instituto Alana que incentiva o protagonismo juvenil divulgando boas práticas de estudantes que partiram para a ação depois de se sentirem incomodados com alguma coisa em suas escolas ou comunidades. Um dos exemplos discutidos foi o projeto criado por adolescentes do Rio de Janeiro para aumentar a auto-estima de garotas negras que tinham dificuldade em assumir o cabelo afro.
Depois de mostrar outras ações protagonizadas por jovens e de contar suas experiências dos tempos de ensino médio, a garota pediu para os estudantes anotarem em post-its questões que os incomodavam. Na etapa final do encontro, todos trocaram ideias sobre como trabalhar alguns dos temas levantados e fortalecer o grêmio e o coletivo feminista do Micael, dois movimentos importantes dos alunos da escola.
“Os olhinhos de todos brilhavam. Eles estão com muita vontade de fazer. Espero ter dado boas ideias para terem por onde começar”, afirma Luiza, que fará um novo encontro com as turmas ainda este ano para dar continuidade ao diálogo iniciado.
“Foi muito inspirador. As pessoas viram que é possível, sim, colocar ideias bacanas em prática. Percebemos que o grêmio pode ser também um espaço para se realizar esse tipo de ação”, conta Mel Serizawa, aluna do 10º diurno. “Luiza tem uma abordagem muito diferente e inovadora sobre alguns problemas e aspectos da sociedade, o que faz do trabalho dela algo bonito e humano. Gostei muito quando ela nos cativou para pensar sobre indagações que tínhamos em relação à escola e refletir sobre atitudes que poderíamos tomar para solucioná-las”, relata Murilo Ribas, aluno do 11º noturno.